Eu adorava esse tapete de quadrados. Era um tapete áspero. O sofá, vermelho. Pés palitos, botas brancas, aqui quem precisa de botas? E o botão do rádio-vitrola... já era.
P7 é um anagrama.
Listen. Silent.
Imagens, enigmas.
L I S T E N
I S L T E N
I S L E N T
S I L E N T
🌈 #erasoquasequadrado
ouça, #coisacoisas da vida
NOSSA VOZ, por Patrícia Costa
16 nov. 2024 @olhar.singular.psi
As pessoas em geral pouco sabem sobre autismo ou qualquer outra condição que seja diferente da norma. E geralmente ou somos vistos como gênios ou incapazes. É muito comum alguns psicanalistas, psicólogos neurotípicos esquecerem que estão diante de uma pessoa autista e agirem, mesmo sem querer, com violência sem levar em consideração que estão diante de alguém com um funcionamento e visão de mundo bem diferente de um neurótico.
Muitas vezes introjetamos tanto o capacitismo que não só o aceitamos, como o reproduzimos, complicando ainda mais o nosso percurso. Muitas vezes só vamos perceber uma intervenção violenta depois da sessão, ou dias depois, pois processamos algumas coisas mais lentamente justamente por termos o capacitismo internalizado. Estamos acostumados a ouvir “especialistas” neurotípicos em autismo falando por nós e não nos dando espaço para falarmos, trabalharmos, e sermos reconhecidos como sujeitos. A diferença não é bem-vinda. Nunca foi e é uma luta nossa ocupar os espaços que desejamos fazendo valer a nossa voz.
Nossa forma de viver e ver o mundo é diferente e isso não é um déficit. Só se torna um problema quando o outro encara como um problema. O trabalho a ser feito em análise também é desconstruir o capacitismo introjetado em nós para não sermos cruéis para conosco e também para perceber quando alguém está sendo violento.
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