A long time ago, OMAMA, o demiurgo, o criador da floresta, criou o céu, as montanhas, os rios, criou a humanidade, os YANOMAMI, as belezas que voam, cantam, passeiam nas águas e alimentam, cintilam e espalham-se em montes, manadas, passaredos, folhagens, mergulhos. A esposa de Omama é Thuëyoma, um peixe capturado na forma de mulher. Teria ela longos braços de moça?
A long time ago, escrevi uma história. YUAKAÍ, curumim não demora, pedaço de céu, menino azul. Talvez fosse uma narrativa quadro a quadro de uma criança com seus anseios de crescer, libertando-se da enfermidade da infância. Talvez. Talvez Yanomami. Yuakaí na noite voava feito carcará de rosto vermelho a enxergar as coisas de longe, onde há sonhos e mistérios, furando o escuro, arranhando o alto e as curvas do grande rio.
✂️ Em forma de penachos, o pariri cai em volta da aldeia-mundo: é o desenho do mutum, ou espíritos da floresta? Os mutumes simbolizam a noite, os espíritos são muitos. Os olhos da menina são tristes e desafiadores. O verde monstro Poripo está comendo crianças, duas crianças (azuis). Então eu escrevi:
a coisa viva#coisacoisas em 4 palavras
a coisa humana
a terra-floresta
(e o céu)
JURUPOCA, PANAPANÁ,
UIRAPURU, YANOMAMI
Dia Nacional dos Povos Indígenas
#2noTelhado #edicoesbarbatana
#colagem imagiário-abecedário
#dobrasdapoesia
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