minhas crianças,
tremo ao chegar à Ilha da Inocência
onde tudo era tranquilo e seguro.
Tenho medo de levar
a este pequenino mundo
histórias do prisioneiro e do carcereiro,
histórias de nazarenos e nazistas...
Em nossa terra, elas são terríveis
e fazem crianças virarem cinzas.”
Este é mais um trecho poema de Fadwa Tuqan: Uma carta para duas crianças de além-rio (1969) que traduzi e publiquei na forma de uma plaquete costurada à mão. Gostei bastante do formato para a leitura, considerando ainda a economia de papel. Na quarta capa, diferentes cartazes de artistas gráficos que doaram seu talento para o projeto internacional @flyers_for_falastin
Théo Garnier-Greuez @theogarniergreuez#FadwaTuqan
Ferru Castillo @ferru.illustrates
Mabrouq Azeez @mabrouq
Susana Igs @sigsillustration
Martina RM @mrrrtna
Laura Anastasio @lauranastasio
#FadwaTouqan
#فدوى_طوقان
Fiz estas fotos em dezembro. Algumas pessoas insistiram que a Palestina virou a ansiedade de uma guerra que não é minha. Concordar ou não? Colar os versos de Fernando Pessoa?
Além-Rio é uma expressão que adotei como alusão à Cisjordânia, cujo mapa pode assemelhar-se a uma asa de borboleta, com manchas bem definidas pelo apartheid e territórios reivindicados. Ainda ontem, sobre Gaza, o Estado de Israel decidiu pelo corte do fornecimento de energia elétrica. O preço da poesia, nas redes sociais controladas, é não ter direito à entrega das postagens.Dizem?
Esquecem.
Não dizem?
Disseram.
Fazem?
Fatal.
Não fazem?
Igual.
Porquê
Esperar?
— Tudo é
Sonhar.
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